sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uns rabiscos de brincadeira

Adoro fazer sketch do filhotito brincando.  Cada pose dura 1 segundo e captar movimentos nesse ritmo chega a ser uma lição de desapego, tão poucos são os riscos que se pode fazer.

No mínimo fica como registro de um momento mágico.  :-)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Feliz Dia Universal das Crianças

Hoje a Declaração dos Direitos da Criança faz 50 anos e a Convenção dos Direitos da Criança, 20 anos. O engraçado é que minutos antes de eu saber disso postei meu Manifesto por adultos mais felizes. Vou encarar isso como um sinal de Esperança enviado pelos anjinhos.

Feliz Dia Universal das Crianças. :-)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Inspiração

Eu não sabia se postava essa foto aqui ou no Conversa de Penico. Daí percebi que minha vida profissional está costurada na pessoal. Eu desenho por amor... não à arte, mas à vida.
Meu grande tutor é este da foto, que diz que seu sonho é brincar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sonho com Batchan e comida

Eu devo ter nascido no Brasil para facilitar, pois várias vezes preciso usar a palavra "saudade", mais sintética que nas outras línguas.
Esse é um rabisco de um sonho que tive com minha avó falecida servindo uma carne ensopada de molho vermelho junto a uma parte de minha família, porque meu sonho era apertadinho demais para caber todos.

No meu sonho também tinha feijão da mamãe (ali, de verde-água, olhando satisfeita os pratos de pedreiro dos filhotes), o melhor do planeta. Nós estamos comendo porque lá na minha família nós sempre estamos comendo, como se fosse uma maneira silenciosa de dizer "gosto de estar com vocês".
E aqui na Espanha percebi que sabores me dão muita saudade. Basta eu comer algo que me lembre as comidas típicas dos nossos encontros familiares que pumba... choro. Parece que meu neurônio do paladar tem conexão direta com o do amor.
Graças aos céus aqui quase não há restaurantes japonesíssimos e nem churrasquinho bom...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O livro triste


Sad Book é seu título original, El libro triste aqui na Espanha. O autor é Michael Rosen e o ilustrador, Quentin Blake. É um livro que conta a tristeza real do próprio autor. Não poderia ter um nome melhor, pois para mim é aquele livro de cabeceira que quero ler sempre que me sinto melancólica. O livro é tão triste que me reconforta. Choro toda vez que leio, já começando na terceira página:

"O que que me deixa mais triste é pensar no meu filho Eddie. Morreu. Eu gostava muitíssimo dele, e assim mesmo morreu. (...) Como pôde morrer assim, sem mais? Como pôde me fazer isso? E ele não me diz nada. Porque ele já não está aqui."


Ao ver o livro antes de lê-lo, pensei como é que Quentin Blake com seus traços tão bem-humorados e espontâneos poderia acertar ao ilustrar um livro que fale de uma tristeza tão profunda. Pois digo que é perfeito. Tão perfeito que os desenhos nem se fazem notar. Você está lendo um relato e ponto final, não importa o que está em palavras e o que está em imagens.
Adoro isso no Quentin Blake, e neste livro suas quase-garatujas dizem tanto que ao final (depois de uma pausa para assoar o nariz) tenho que raciocinar para distinguir o que foi narrado pelo texto e pelas ilustrações.

Uma amostrinha do que há dentro (clique na imagem para ver maior):

"E os aniversários... adoro aniversários. Não só o meu, também os dos demais. Feliz aniversário... e tudo isso."


Não vou mostrar mais para não estragar a surpresa (há! Como se fosse preciso ser surpresa para chorar com esse livro...), na grande esperança de vê-lo publicado no Brasil.

Enquanto essa tristeza não vem, delicie-se com um misto de admiração e raiva - principalmente na hora em que ele pinta o céu - com este vídeo de Quentin Blake em que ele mostra o processo de criação de um livro.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Clarice Lispector e açúcar mascavo repaginados na Espanha

Encontro várias surpresas brasileirinhas por aqui. Uma das primeiras foi a coleção dos livros infantis da Clarice Lispector, com roupagem nova... e capa dura, claro.


Bem, aqui, faltou pesquisa sobre os indígenas brasileiros...

... e ter referências sobre o Curupira...

mas é mais caprichada que a edição brasileira. Uhm... está esgotado... será que vem novidade? :-D

No supermercado também tive uma surpresa da mesma categoria. Achei torrões morenos de açúcar de cana:

Já pensou se fosse de açúcar mascavo, que delícia?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vovôs artistas

Estas ilustrações eu fiz para a revista Continuum, do Itaú Cultural, para uma matéria sobre vovôs-artistas. É uma edição especial para as crianças (set/out 2009) que ganhou até um caprichado hotsite, aqui. A revista está linda! O Mercadão sob a ótica de fotógrafos mirins, Menino Maluquinho, história do Fernando Vilela e, na versão online, uma história escrita pela Angela Lago. E muuuito mais, como diria o jargão.



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Historia de la resurrección del papagayo

Recontado por um escritor uruguaio e ilustrado por um escultor espanhol, este conto cearense e brasileirinho está num livro espanhol belíssimo.


Historia de la resurrección del papagayo conta como surgiu a arara. O autor é Eduardo Galeano e o ilustrador é Antonio Santos, que criou esculturas maravilhosamente em sintonia com o artesanato brasileiro. E o trabalho de edição da Zorro Rojo é primoroso, com aquele capricho discreto de bordadeiras da época de minha mãe.
O resultado é um livro redondinho, de cair o queixo pela sua bela simplicidade.

Nem sei descrever ao certo minha primeira sensação ao ver algo tão brasileiro, inédito no Brasil, em prateleira européia, com um acabamento que quase não se vê em verde-amarelo. Rezo para que esta nossa lenda cearense chegue traduzida ao português em mãos curumins num livro lindo assim, com sua capa dura e tudo!


Historia de la resurrección del papagayo. Eduardo Galeano e Antonio Santos. Libros del zorro rojo, 2008. Veja mais no site da editora, aqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Terças lúdicas


Profissionais da Educação, Cultura e adultos brincantes,
a querida Adriana Klisys, da Caleidoscópio, abre um espaço para que os adultos tenham oportunidade de conhecer e vivenciar jogos e brincadeiras, com uma novidade a cada terça-feira.
As oficinas começarão no dia 29/09 às 19h, pertinho da USP, no bairro do Butantã, com o tema "Jogos africanos", quando os participantes conhecerão esta cultura, aprenderão a confeccioná-los e, claro, irão jogá-los.

Eis o convite, clique para vê-lo bem grandão:



Quem já conversou com a Adriana sobre jogos e brincadeiras já tem idéia de que serão terças riquíssimas, muito lúdicas e especiais...


domingo, 30 de agosto de 2009

Tabuleiros


Ilustrações de tabuleiros de jogos para a Dados e Jogos, em parceria com a Caleidoscópio. A impressão foi feita em silk screen.


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cai Guo-Qiang no Guggenhein Bilbao

Neste fim de semana fui a Bilbao para ver a exposição I want to believe, do Cai Guo-Qiang no museu Guggenhein.


Dê uma passadinha aqui no seu site, caso não tenha tempo para ver os vídeos abaixo agora.

Ele é famoso por sua arte pirotécnica, no sentido literal, como o inacreditável show de fogos de artifício das Olimpíadas de Beijing 2008. Como parte do planejamento de suas grandes instalações pirotécnicas, ele faz grandes painéis desenhados com a própria queima de fogos.



Seu trabalho envolve o trabalho de muitos, muitos, muitos ajudantes, o que acaba resultando também numa ajuda à comunidade, como aconteceu na instalação Reflection - a gift from Iwaki, em que um barco naufragado que recebeu de presente do Japão está encalhado em zilhões de porcelana branca chinesa, em cacos.



A instalação que ele apresenta abaixo, eu vi num estágio diferente. A exposição está quase no final, vai até 20/set, então as esculturas já estão secas, propositalmente rachando e desmoronando para simbolizar que os tempos são outros. Pareciam rascunhos 3D!



Head On e seus 99 lobos dizendo que as barreiras invisíveis são mais difíceis de transpor que as que se enxerga, inesquecível:



Por pura sorte, ainda pegamos a abertura do Aste Nagusia, uma semana de shows em vários pontos da cidade. Olha só, até os trens pararam para assistir à queima de fogos:


Mais fotos de Bilbao aqui.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Oficina Jutta Bauer em Valladolid

Voltei! Alma de barriga cheia. :-)

Com Jutta Bauer, em Valladolid, foi ótimo! Para mim foi enriquecedor conhecer seu processo de trabalho, sua maneira de encarar a vida, ouvir seus comentários que transmitem uma experiência danada para chegar ao "simples".

A oficina começou e terminou com este desenho coletivo. Ao redor da mesa, cada um se desenhou e ao longo da oficina cada um fez sua interferência. Fiz preciosas amizades, com pessoas corajosas atrás do sonho indescritivelmente perseguidor de ilustrar livros.


Foi uma imersão inesquecível e para mim significou aprendizado o tempo todo, pois além da oficina Talking Pictures, eu também estava a "vivir España" e, por que não, me virando com 2 línguas estrangeiras.

Sobre Valladolid... ¡Me encanta! E pela primeira vez desde que cheguei na Espanha, eu não era a única que não conhecia a cidade, hahaha!

Esta é a catedral de Valladolid, que foi projetada por Juan de Herrera para ser a maior da Espanha porém não foi terminada porque o arquiteto tinha algo mais importante para fazer na nova capital Madrid: "El Escorial", a casa de campo do rei. Na verdade o que me encantou mesmo foram as cegonhas tomando conta da cidade como singelos pombinhos.


O centro é cheio (cheio) de bares de tapas e de bares/cafeterias que não vendem nadica de nada para comer, só para beber (!!). Para nós brasileiros é estranho, mas aqui a "marcha" (sair à noite) é uma marcha mesmo, a noite segue de bar em bar.
E esta é a Plaza Mayor, ponto de encontro da galera e onde o Cristóvão Colombo ficou enterrado nos primeiros anos de sua morte - isso, bizarro assim.


Apesar de não ser uma cidade super turística (ufa!), Valladolid tem muita história para contar e cultura pra dar e vender.
Este é o Museo Patio Herreriano, local das oficinas de verão da Ilustrarte. Repito: AMO a Ilustrarte!


Valladolid faz parte da rota literária espanhola e tem uma livraria especializada em infanto-juvenis da categoria "especial meeesmo". Chama-se Oletvm Jr. A livraria era uma extensão de nossa oficina e os livros dos nossos mestres estavam todos lá. Olha os da Jutta na vitrine, dando as boas vindas à ilustre visitante. Precisava ver os olhinhos brilhantes da dona da loja recebendo a dedicatória da autora em seu próprio teto... gente que ama Literatura Infantil!


Esta é Selma, mascote alemã da própria Jutta, posando ao lado do best-seller.


Para não me alongar: o boneco abaixo é o resultado do meu trabalho na oficina. Fiquei tão feliz com o resultado e com os comentários dos colegas que estou louca para continuar a fazê-lo livro. Imagina como foi emocionante perceber a cartinha vermelha nas mãos do anjo da dedicatória que a Jutta fez em meu O anjo da guarda do vovô...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Viagem de sonho


..."Uma viagem é sempre três viagens: a que se molda na mente, vestindo-a de cores de perfeição, disfarçando-a de idealismo, tornando-a irreal. A que acontece quando já se está em seu destino, quando os olhos enchem sua alma com o que está acontecendo ali, quando se aprende a fazer distinções entre o que se encontra e o que foi imaginado (é curioso como sempre se imagina a viagem perfeita e depois são os pequenos erros que fazem cada viagem ser única). E por último está a última viagem, a que se faz dentro se si mesmo no regresso. A volta sempre fabrica na mente uma incursão para dentro, para a valorização do que se tem e que foi deixado tão distante ao partir. É minha parte favorita."...

Maria Zaragoza, Aprendiendo a viajar, revista Mucho Viaje no. 49, Espanha.

Dá para perceber que estou saindo de férias? :-)
Fiz até uma aquarelinha para comemorar a entrada na nuvem de sonho, com direito a passeios europeus e tudo. Mas o que importa contar aqui é que semana que vem vou fazer uma oficina de verão com a incrível, maravilhosa, esplendorosa Jutta Bauer!!! A Ilustrarte está organizando oficinas de verão com autores/ilustradores de tirar o fôlego: a própria Jutta Bauer, Emilio Urberuaga, Isol, Beatrice Alemagna, Kvëta Pakovskà e Lisbeth Zwerger. Há tempos todas as classes já estavam completas e eu tinha ficado na fila de espera, mas meu anjo é forte como O anjo da guarda do vovô.

:'-)

Tantos mimos, só pode ter dedo do ditchan e da batchan lá do alto.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Olha o lançamento do 'No oco do toco'

Dia 18 de junho foi o lançamento do No oco do toco, Ed. Paulinas, no 11o. Salão do Livro FNLIJ.


Como estou longe, a querida Edméa Campbells, autora deste livro, gentilmente falou em meu nome sobre as ilustrações na apresentação no Salão. Também foi ela (olha lá embaixo ela sorrindo) quem cedeu estas fotos que fizeram meus olhinhos ficarem enxarcados.

Ver meu desenho ali, casado com lindos haikais, multiplicado em forma de livro, num eventão...






... e imaginar crianças lendo-o...

é de arrepiar.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Saudade da terrinha

Ontem eu estava pesquisando fotos de uma bromélia e fiquei com saudades...

Apesar de no Google Earth ser um pontinho verde no meio do concreto e apesar da urbanização estar cercando-o por todos os lados (veja o trator ao fundo), o sítio de meus pais ainda mantém a magia que me fez do jeito que sou...



O nascer do sol que eu visualizo quando faço Suryanamaskar (saudação ao sol) ainda está lá, igualzinho...


E a minha jabuticabeira querida e inspiradora continua crescendo.


(É só não olhar para o horizonte caoticamente urbanizado e empobrecido que tá tudo certo.)

Lá é um lugar de natureza muito simples, e que marcou minha infância com seus detalhes brejeiros.  É pra lá que meu coração volta toda vez que me pergunto quem eu sou.  
Ainda não tenho uma resposta certeira (se é que um dia vou ter), porque eu sou muito mais que recordações de brincadeiras no mato, mas que acontece, acontece.

Esta é uma foto que tiramos no último dia que fomos pra lá, antes de embarcarmos para Madri.  Aqui, meu pai e meu filhote estão plantando uma muda de cerejeira para marcar o dia.


(snif...)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Lançamento do "No oco do toco" no Salão do Livro - FNLIJ

O lançamento do No oco do toco vai ser amanhã!  No 11o. Salão do Livro, no Rio de Janeiro.  A autora Edmea Campbells estará lá, vai ser às 14h na Biblioteca da Criança!  Ela também dará uma palavrinha sobre as ilustrações.  ;-)
Olha ele aqui, no cartaz da Ed. Paulinas (é o segundo de cima para baixo, à esquerda.  Clica que dá para enxergar):

terça-feira, 9 de junho de 2009

Taller Escritura de Álbum Infantil - Arianna Squilloni - Ilustrarte

Este fim de semana participei de uma oficina com Arianna Squilloni, italiana, apaixonada editora de livros infantis que vive em Barcelona.  A organização foi da Ilustrarte, uma escola dedicada à ilustração de livros infantis, fundada por 2 ilustradores também apaixonados pelo assunto.

E durante todos os intervalos tentei rascunhar este post, porque não queria deixar escapar nenhum fiapo de emoção.  O resultado foi uma porção de parágrafos deixados de lado porque meu cérebro estava muito ocupado processando tudo.

Este é meu quarto no alojamento em que ficamos, na Casa Santa Maria, uma casa de espiritualidade em Galápagar-Madri, tudo o que tive tempo de aquarelar.  :-)



A ênfase do curso se deu nas narrativas construídas no livro como um todo, a química entre texto, ilustração e projeto gráfico. 

Conheci muitos livros que ainda não chegaram ao Brasil e também vi fontes de inspiração já conhecidas.  Vi que os problemas enfrentados pelos profissionais espanhóis são os mesmos que no Brasil: escritores e ilustradores ganham pouco, a sinergia entre os que produzem o livro é rara, é preciso adequar a obra às exigências do mercado, não se vende muito em livraria e sim ao governo, blá blá blá... 

Mas também a paixão dos profissionais é igualmente grande.  Veio gente de toda a Espanha a esta oficina de 2 dias pois, como no Brasil, a formação na área é bem rara e difícil.   Ninguém estava ali com o objetivo de um dia serem ricos, porque bem se sabe que é quase impossível.  Raros eram os que se dedicavam integralmente à Literatura Infantil, todos se desdobravam por um lado para se manterem nas cruéis autopistas financeiras e por outro para trilhar pelas estradinhas de terra da Literatura Infantil.

Bem, pode ser que tamanha paixão seja a principal causa da desvalorização da profissão,  mas dessa vez eu quero cultivar a terna sensação com que fiquei ao final do curso: a Literatura Infantil tem um futuro encantador... ela é cercada de amor, e dessa maneira não há como ser diferente.  Quem ama sabe que os obstáculos serão transpostos para que se tenha o melhor.  Pais que amam seus filhos podem não ter recursos o suficiente para dar o melhor que existe, e apesar disso temos a certeza de que com amor esses filhos terão o melhor possível.  Porque nenhuma educacão de primeira, nenhuma edição primorosa tem mais significado para o filho-filho e para o filho-livro que o amor incondicional de seus pais.


Bem, e estes somos nós, sorrindo muito sinceramente.  :-D  

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"No oco do toco" ficou pronto!!!!!


Ficou pronto!!!!  Viva, viva, viva!!!

O meu exemplar ainda não chegou aqui na Espanha, estou ansiosíssima.  Mas aqui já estão vendendo e aqui também.

A Edmea Campbells (gente finíssima!), autora do livro, estará no 11o. Salão FNLIJ, no Rio de Janeiro, para lançar o livro.  Será dia 18/06, às 14h, na Biblioteca das crianças, veja  a programação.

Vou perder a festa... snif... mas do lado de cá também estou aproveitando... logo posto o que ando fazendo!


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Rosaleda


Quando eu era criança, assistia Candy Candy, e desde então eu sempre quis conhecer um jardim de rosas.  Aqui em Madri maio é época de rosas!  Decidi que no dia das mães iríamos à Rosaleda, no Parque del Oeste.  Pois domingo o dia amanheceu chuvoso, raríssimo aqui.  Fiquei  tão triste, tão triste que ao menor rayito de sol que apareceu na janela os meninos disseram “mamãe, olha aqui seu presente de dia das mães, o sol!”

Fomos ao parque, chovia.  Mesmo assim, o coração disparou a hora em que eu avistei um salpicado colorido ao longe.  Fui caminhando em direção ao jardim, às vezes devagar, para curtir a ansiedade de realizar um sonho, e outras rápido, para chegar antes que eu acordasse.

Fui chegando perto, perto... e é lindo mesmo!  De chorar!  Era o jardim de rosas da Candy Candy!  E chovia, mas isso não era mais problema, tirei fotos de guarda-chuva.  Eu não me importava com a pieguice das fotos de rosas, eu queria lembrar da sensação de estar ali, do cheiro, da vontade de chorar, enfim, curtir meu momento candy-candy-dia-das-mães-pieguíssimo com todo o fervor!  Inclusive teve uma ceninha do filhote correndo em minha direção para compartilhar comigo a felicidade de encontrar meu jardim de rosas.  O sol até saiu e o céu ficou azul!


E para ficar completinho, aquarelei escutando música brega e fiz e este post cafonésimo.

Feliz!  :-)


E pra quem quer conhecer ou relembrar, este é o capítulo em que o Anthony e Candy se conhecem no jardim de rosas:





segunda-feira, 27 de abril de 2009

Exposição "Era uma vez"

Em São Paulo há uma exposição sobre contos de fada que promete estar muito boa (invejinha... eu queria ir...), é a Era uma vez: Arte conta histórias do mundo, que vai até 21 de junho/09.  
a curadora Kátia Canton é pesquisadora e sobretudo apaixonada por Contos de Fada.
O site da exposição está aqui, cuja bela ilustração da Chapeuzinho é da querida Andréa Vieira.

domingo, 26 de abril de 2009

Guernica e o bombardeio de porquês

Domingão, uma passadinha rápida pelo Museo Reina Sofía antes de ir ver os monstros marinhos no cine 3D, porque filhote de 4 anos não é de ferro.  Uma das delícias de se estar num museu como esse em período de expatriação é que eu sei que logo estarei ali de novo, com mais calma, com menos gente.  Nessa passadinha, basicamente deu para ver o Guernica e um pouco de uma sala cheia de estudos de suas mulheres e cavalos desesperados.
Bruno estava ansioso para ver um Picasso de verdade (por causa da piadinha que o Sr. Cabeça de Batata faz no Toy Story, aquela em que ele põe suas peças todas tortas e diz "olha, eu sou um Picasso") e quando viu o Guernica ficou impressionado e fez várias perguntas: por que as pessoas estão com essa cara?  Por que o cavalo está assim?  Por que o Picasso gostava de pintar tudo torto? O que é guerra?  Por que as pessoas que não se conhecem fazem guerra?  Essa guerra aconteceu de verdade?? Por que os artistas gostam de desenhar a guerra??  Por que o Picasso só fez desenhos de guerra????  Assim eu fico triste...  
Então ele percebeu que a cor era algo que também mostrava tristeza, "porque preto e branco é cor de tristeza... mas a zebra também é preta e branca... ah!  Preto e branco é triste quando é escuro!"
E ele repetiu várias vezes a pergunta "mas por que os artistas desenham a guerra se é uma coisa tão triste e horrível?" e também não se conformava: "mas papai, mamãe... por  que tem que existir guerra?"

E eis que a partir de uma piadinha que ele viu num DVD ele conheceu Picasso, a guerra e o pensamento torto da humanidade.


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Escola espanhola do Bruno

Eu sou absolutamente apaixonada pela escola do Bruno no Brasil e não cogitava nem mudar de bairro por causa dela.  Quando pesquisamos e vimos que aqui em Madri as escolas são muito mais tradicionais que o padrão brasileiro, murchei. Minha boca secava ao imaginar meu menino brincalista indo para uma escola de gravatinha, aprendendo boas maneiras e aprendendo "ba-be-bi-bo-bu".  
Para nossa surpresa, encontramos uma com um gingado diferente!  Não vai dar pra fugir dos sapatos pretos e acho que nem da alfabetização sílaba-a-sílaba, mas o brincar estava presente em todo canto, desde a fala da diretora até o teto, literalmente, que estava forrado de arte feita pelas crianças. Um alívio!

Vários pequenos detalhes nos convenceram.  Um deles foi uma menininha comendo banana fatiada e iogurte, que estava ganhando um carinho especial porque estava triste por ter perdido seu dente mole naquele dia.  Preciosas entrelinhas!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Estou em Madrid!

Agora que meus pés estão firmes em terra espanhola posso dizer que SIM!  Oficialmente estamos em Madrid, após extensa e estressante jornada burocrática.  Meu marido veio a trabalho por 1 ano, eu e Bruno viemos seguindo ele.  Chegamos aqui no primeiro mundo no domingo e já estamos trabalhando, já dei esmola e meu marido já foi furtado.  Ainda estamos atordoados com o fuso horário, acampados no hotel com 8 malas e ainda não encontrei meu hidratante.
Apesar de tudo - e olha que é um tudo que não para de crescer - estamos felizes com esta nova experiência.  É como uma postura de yoga.  Um dia na aula, quando reclamávamos de uma postura, minha professora disse que a adorava porque era muito bom quando acabava. 
Ainda não deu tempo de ter deslumbre turístico, nem de achar a Europa algo fascinante.  Por enquanto a sensação é a de estar na Berrini ou na Vila Olímpia, sem lente de contato, com sapato ralando no tornozelo, rouca e com carne entre os dentes.
Nosso turismo tem sido conhecer o lugar onde vamos viver por 1 ano.  Por enquanto nem pensamos em ir ao Prado, ao Reina Sofia ou comer tapas.  Minhas compras foram um "escáner", um ferro de passar roupa e o leitinho do Bruno.

(...) Tá bom, tá bom, confesso que também comprei um livro do filme em cartaz com personagens imantados e um alienígena do Ben 10 pro Bruno.  E que também estou me divertindo.  :-)

Meu primeiro passeio com o Bruno foi ir ao cinema ver Monstruos contra Alienígenas  e comer no McDonalds e foi bom... porque foi igual.  Mas também nos deleitamos em ver vários bonequinhos do Ben 10 pela metade do preço do que raramente se encontra no Brasil.  Ah!  E sabe qual o primeiro quiosque que vi no primeiro shopping que entrei?  De chinelos Havaianas!  :-D  

A meta que criei para mim foi a de procurar freneticamente por bons livros infantis espanhóis.  Até agora, só trash-book, tal e qual no Brasil, inclusive os preços, ugh.

Pra fechar o post, minha vitamina energética: hoje eu estava usando a janela como mesa de luz e o Bruno me perguntou o que eu estava fazendo.  Ele se decepcionou e disse:

- Ahhh... achei que você estava desenhando nossa cidade lá fora!  Desenha nossa cidade, vai?
 

sexta-feira, 27 de março de 2009

No oco do toco - mais ilustras

No oco do toco, da Editora Paulinas, é o primeiro livro de Literatura Infantil que ilustro. Os haikais da Edmea Campbell são fósforos para nossa imaginação, deu vontade de desenhar tudo, tudo, tudo!...


Este crochê abaixo foi colado digitalmente mas foi feito de verdade.

Fiz uma adaptação da receita de uma revista de trabalhos manuais japonesa de 1966.


E este é meu mini-crochê:


quinta-feira, 26 de março de 2009

No oco do toco

Está no forno o livro de haikais No oco do toco, da Edmea Campbell - Ed. Paulinas. Esta é uma das ilustrações que fiz para esse livro deliciosíiiiiissimo:



Aqui tive ajuda da família: meu marido comprou picolés de todos os sabores que ele encontrou. Fazia um calorão! Tiradas as fotos, eu, ele e nosso filhotinho acabamos com todos os sorvetes que não eram de aquarela.

Ed. Positivo

Ilustrações feitas para Coleção Positivo Inglês 7 e 8.