Eu não sabia se postava essa foto aqui ou no Conversa de Penico. Daí percebi que minha vida profissional está costurada na pessoal. Eu desenho por amor... não à arte, mas à vida.
Meu grande tutor é este da foto, que diz que seu sonho é brincar.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Sonho com Batchan e comida
Eu devo ter nascido no Brasil para facilitar, pois várias vezes preciso usar a palavra "saudade", mais sintética que nas outras línguas.
Esse é um rabisco de um sonho que tive com minha avó falecida servindo uma carne ensopada de molho vermelho junto a uma parte de minha família, porque meu sonho era apertadinho demais para caber todos.
No meu sonho também tinha feijão da mamãe (ali, de verde-água, olhando satisfeita os pratos de pedreiro dos filhotes), o melhor do planeta. Nós estamos comendo porque lá na minha família nós sempre estamos comendo, como se fosse uma maneira silenciosa de dizer "gosto de estar com vocês".
E aqui na Espanha percebi que sabores me dão muita saudade. Basta eu comer algo que me lembre as comidas típicas dos nossos encontros familiares que pumba... choro. Parece que meu neurônio do paladar tem conexão direta com o do amor.
Graças aos céus aqui quase não há restaurantes japonesíssimos e nem churrasquinho bom...
Esse é um rabisco de um sonho que tive com minha avó falecida servindo uma carne ensopada de molho vermelho junto a uma parte de minha família, porque meu sonho era apertadinho demais para caber todos.
No meu sonho também tinha feijão da mamãe (ali, de verde-água, olhando satisfeita os pratos de pedreiro dos filhotes), o melhor do planeta. Nós estamos comendo porque lá na minha família nós sempre estamos comendo, como se fosse uma maneira silenciosa de dizer "gosto de estar com vocês".
E aqui na Espanha percebi que sabores me dão muita saudade. Basta eu comer algo que me lembre as comidas típicas dos nossos encontros familiares que pumba... choro. Parece que meu neurônio do paladar tem conexão direta com o do amor.
Graças aos céus aqui quase não há restaurantes japonesíssimos e nem churrasquinho bom...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
O livro triste
Sad Book é seu título original, El libro triste aqui na Espanha. O autor é Michael Rosen e o ilustrador, Quentin Blake. É um livro que conta a tristeza real do próprio autor. Não poderia ter um nome melhor, pois para mim é aquele livro de cabeceira que quero ler sempre que me sinto melancólica. O livro é tão triste que me reconforta. Choro toda vez que leio, já começando na terceira página:
"O que que me deixa mais triste é pensar no meu filho Eddie. Morreu. Eu gostava muitíssimo dele, e assim mesmo morreu. (...) Como pôde morrer assim, sem mais? Como pôde me fazer isso? E ele não me diz nada. Porque ele já não está aqui."
Ao ver o livro antes de lê-lo, pensei como é que Quentin Blake com seus traços tão bem-humorados e espontâneos poderia acertar ao ilustrar um livro que fale de uma tristeza tão profunda. Pois digo que é perfeito. Tão perfeito que os desenhos nem se fazem notar. Você está lendo um relato e ponto final, não importa o que está em palavras e o que está em imagens.
Adoro isso no Quentin Blake, e neste livro suas quase-garatujas dizem tanto que ao final (depois de uma pausa para assoar o nariz) tenho que raciocinar para distinguir o que foi narrado pelo texto e pelas ilustrações.
Uma amostrinha do que há dentro (clique na imagem para ver maior):
"E os aniversários... adoro aniversários. Não só o meu, também os dos demais. Feliz aniversário... e tudo isso."
Não vou mostrar mais para não estragar a surpresa (há! Como se fosse preciso ser surpresa para chorar com esse livro...), na grande esperança de vê-lo publicado no Brasil.
Enquanto essa tristeza não vem, delicie-se com um misto de admiração e raiva - principalmente na hora em que ele pinta o céu - com este vídeo de Quentin Blake em que ele mostra o processo de criação de um livro.
Marcadores:
Espanha,
Livros que gostei
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Clarice Lispector e açúcar mascavo repaginados na Espanha
Encontro várias surpresas brasileirinhas por aqui. Uma das primeiras foi a coleção dos livros infantis da Clarice Lispector, com roupagem nova... e capa dura, claro.
Bem, aqui, faltou pesquisa sobre os indígenas brasileiros...
No supermercado também tive uma surpresa da mesma categoria. Achei torrões morenos de açúcar de cana:
Marcadores:
Cotidiano,
Espanha,
Livros que gostei
Assinar:
Postagens (Atom)