Eu devo ter nascido no Brasil para facilitar, pois várias vezes preciso usar a palavra "saudade", mais sintética que nas outras línguas.
Esse é um rabisco de um sonho que tive com minha avó falecida servindo uma carne ensopada de molho vermelho junto a uma parte de minha família, porque meu sonho era apertadinho demais para caber todos.
No meu sonho também tinha feijão da mamãe (ali, de verde-água, olhando satisfeita os pratos de pedreiro dos filhotes), o melhor do planeta. Nós estamos comendo porque lá na minha família nós sempre estamos comendo, como se fosse uma maneira silenciosa de dizer "gosto de estar com vocês".
E aqui na Espanha percebi que sabores me dão muita saudade. Basta eu comer algo que me lembre as comidas típicas dos nossos encontros familiares que pumba... choro. Parece que meu neurônio do paladar tem conexão direta com o do amor.
Graças aos céus aqui quase não há restaurantes japonesíssimos e nem churrasquinho bom...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
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2 comentários:
Marcia querida, como sempre fico muito emocionada quando leio o que você escreve. É sempre tão lindo!
Fiquei contente com as novidades dos livros que você nos mostra neste blog
Você deve estar aproveitando muito, muito, muito, né?
um beijão pra você.
Oi Edmea, obrigada pelo carinhoso incentivo! São coisas de láaa de dentro, e fico muito feliz em conseguir compartilhar com alguém especial e sensível como você.
Estou aproveitando tudo o que posso por aqui. Minha alma está enchendo a pança!
beijos e um abração
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