sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Uns rabiscos de brincadeira
No mínimo fica como registro de um momento mágico. :-)
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Feliz Dia Universal das Crianças
Feliz Dia Universal das Crianças. :-)
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Inspiração
Meu grande tutor é este da foto, que diz que seu sonho é brincar.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Sonho com Batchan e comida
Esse é um rabisco de um sonho que tive com minha avó falecida servindo uma carne ensopada de molho vermelho junto a uma parte de minha família, porque meu sonho era apertadinho demais para caber todos.
No meu sonho também tinha feijão da mamãe (ali, de verde-água, olhando satisfeita os pratos de pedreiro dos filhotes), o melhor do planeta. Nós estamos comendo porque lá na minha família nós sempre estamos comendo, como se fosse uma maneira silenciosa de dizer "gosto de estar com vocês".
E aqui na Espanha percebi que sabores me dão muita saudade. Basta eu comer algo que me lembre as comidas típicas dos nossos encontros familiares que pumba... choro. Parece que meu neurônio do paladar tem conexão direta com o do amor.
Graças aos céus aqui quase não há restaurantes japonesíssimos e nem churrasquinho bom...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
O livro triste
Sad Book é seu título original, El libro triste aqui na Espanha. O autor é Michael Rosen e o ilustrador, Quentin Blake. É um livro que conta a tristeza real do próprio autor. Não poderia ter um nome melhor, pois para mim é aquele livro de cabeceira que quero ler sempre que me sinto melancólica. O livro é tão triste que me reconforta. Choro toda vez que leio, já começando na terceira página:
"O que que me deixa mais triste é pensar no meu filho Eddie. Morreu. Eu gostava muitíssimo dele, e assim mesmo morreu. (...) Como pôde morrer assim, sem mais? Como pôde me fazer isso? E ele não me diz nada. Porque ele já não está aqui."
Ao ver o livro antes de lê-lo, pensei como é que Quentin Blake com seus traços tão bem-humorados e espontâneos poderia acertar ao ilustrar um livro que fale de uma tristeza tão profunda. Pois digo que é perfeito. Tão perfeito que os desenhos nem se fazem notar. Você está lendo um relato e ponto final, não importa o que está em palavras e o que está em imagens.
Adoro isso no Quentin Blake, e neste livro suas quase-garatujas dizem tanto que ao final (depois de uma pausa para assoar o nariz) tenho que raciocinar para distinguir o que foi narrado pelo texto e pelas ilustrações.
Uma amostrinha do que há dentro (clique na imagem para ver maior):
"E os aniversários... adoro aniversários. Não só o meu, também os dos demais. Feliz aniversário... e tudo isso."
Não vou mostrar mais para não estragar a surpresa (há! Como se fosse preciso ser surpresa para chorar com esse livro...), na grande esperança de vê-lo publicado no Brasil.
Enquanto essa tristeza não vem, delicie-se com um misto de admiração e raiva - principalmente na hora em que ele pinta o céu - com este vídeo de Quentin Blake em que ele mostra o processo de criação de um livro.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Clarice Lispector e açúcar mascavo repaginados na Espanha
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Vovôs artistas
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Historia de la resurrección del papagayo
Historia de la resurrección del papagayo conta como surgiu a arara. O autor é Eduardo Galeano e o ilustrador é Antonio Santos, que criou esculturas maravilhosamente em sintonia com o artesanato brasileiro. E o trabalho de edição da Zorro Rojo é primoroso, com aquele capricho discreto de bordadeiras da época de minha mãe.
O resultado é um livro redondinho, de cair o queixo pela sua bela simplicidade.
Nem sei descrever ao certo minha primeira sensação ao ver algo tão brasileiro, inédito no Brasil, em prateleira européia, com um acabamento que quase não se vê em verde-amarelo. Rezo para que esta nossa lenda cearense chegue traduzida ao português em mãos curumins num livro lindo assim, com sua capa dura e tudo!
Historia de la resurrección del papagayo. Eduardo Galeano e Antonio Santos. Libros del zorro rojo, 2008. Veja mais no site da editora, aqui.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Terças lúdicas
Profissionais da Educação, Cultura e adultos brincantes,
a querida Adriana Klisys, da Caleidoscópio, abre um espaço para que os adultos tenham oportunidade de conhecer e vivenciar jogos e brincadeiras, com uma novidade a cada terça-feira.
domingo, 30 de agosto de 2009
Tabuleiros
Ilustrações de tabuleiros de jogos para a Dados e Jogos, em parceria com a Caleidoscópio. A impressão foi feita em silk screen.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Cai Guo-Qiang no Guggenhein Bilbao
Dê uma passadinha aqui no seu site, caso não tenha tempo para ver os vídeos abaixo agora.
Ele é famoso por sua arte pirotécnica, no sentido literal, como o inacreditável show de fogos de artifício das Olimpíadas de Beijing 2008. Como parte do planejamento de suas grandes instalações pirotécnicas, ele faz grandes painéis desenhados com a própria queima de fogos.
Seu trabalho envolve o trabalho de muitos, muitos, muitos ajudantes, o que acaba resultando também numa ajuda à comunidade, como aconteceu na instalação Reflection - a gift from Iwaki, em que um barco naufragado que recebeu de presente do Japão está encalhado em zilhões de porcelana branca chinesa, em cacos.
A instalação que ele apresenta abaixo, eu vi num estágio diferente. A exposição está quase no final, vai até 20/set, então as esculturas já estão secas, propositalmente rachando e desmoronando para simbolizar que os tempos são outros. Pareciam rascunhos 3D!
Head On e seus 99 lobos dizendo que as barreiras invisíveis são mais difíceis de transpor que as que se enxerga, inesquecível:
Por pura sorte, ainda pegamos a abertura do Aste Nagusia, uma semana de shows em vários pontos da cidade. Olha só, até os trens pararam para assistir à queima de fogos:
Mais fotos de Bilbao aqui.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Oficina Jutta Bauer em Valladolid
Com Jutta Bauer, em Valladolid, foi ótimo! Para mim foi enriquecedor conhecer seu processo de trabalho, sua maneira de encarar a vida, ouvir seus comentários que transmitem uma experiência danada para chegar ao "simples".
A oficina começou e terminou com este desenho coletivo. Ao redor da mesa, cada um se desenhou e ao longo da oficina cada um fez sua interferência. Fiz preciosas amizades, com pessoas corajosas atrás do sonho indescritivelmente perseguidor de ilustrar livros.
Foi uma imersão inesquecível e para mim significou aprendizado o tempo todo, pois além da oficina Talking Pictures, eu também estava a "vivir España" e, por que não, me virando com 2 línguas estrangeiras.
Sobre Valladolid... ¡Me encanta! E pela primeira vez desde que cheguei na Espanha, eu não era a única que não conhecia a cidade, hahaha!
Esta é a catedral de Valladolid, que foi projetada por Juan de Herrera para ser a maior da Espanha porém não foi terminada porque o arquiteto tinha algo mais importante para fazer na nova capital Madrid: "El Escorial", a casa de campo do rei. Na verdade o que me encantou mesmo foram as cegonhas tomando conta da cidade como singelos pombinhos.
O centro é cheio (cheio) de bares de tapas e de bares/cafeterias que não vendem nadica de nada para comer, só para beber (!!). Para nós brasileiros é estranho, mas aqui a "marcha" (sair à noite) é uma marcha mesmo, a noite segue de bar em bar.
E esta é a Plaza Mayor, ponto de encontro da galera e onde o Cristóvão Colombo ficou enterrado nos primeiros anos de sua morte - isso, bizarro assim.
Apesar de não ser uma cidade super turística (ufa!), Valladolid tem muita história para contar e cultura pra dar e vender.
Este é o Museo Patio Herreriano, local das oficinas de verão da Ilustrarte. Repito: AMO a Ilustrarte!
Valladolid faz parte da rota literária espanhola e tem uma livraria especializada em infanto-juvenis da categoria "especial meeesmo". Chama-se Oletvm Jr. A livraria era uma extensão de nossa oficina e os livros dos nossos mestres estavam todos lá. Olha os da Jutta na vitrine, dando as boas vindas à ilustre visitante. Precisava ver os olhinhos brilhantes da dona da loja recebendo a dedicatória da autora em seu próprio teto... gente que ama Literatura Infantil!
Esta é Selma, mascote alemã da própria Jutta, posando ao lado do best-seller.
Para não me alongar: o boneco abaixo é o resultado do meu trabalho na oficina. Fiquei tão feliz com o resultado e com os comentários dos colegas que estou louca para continuar a fazê-lo livro. Imagina como foi emocionante perceber a cartinha vermelha nas mãos do anjo da dedicatória que a Jutta fez em meu O anjo da guarda do vovô...
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Viagem de sonho
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Olha o lançamento do 'No oco do toco'
Como estou longe, a querida Edméa Campbells, autora deste livro, gentilmente falou em meu nome sobre as ilustrações na apresentação no Salão. Também foi ela (olha lá embaixo ela sorrindo) quem cedeu estas fotos que fizeram meus olhinhos ficarem enxarcados.
Ver meu desenho ali, casado com lindos haikais, multiplicado em forma de livro, num eventão...
... e imaginar crianças lendo-o...
é de arrepiar.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Saudade da terrinha
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Lançamento do "No oco do toco" no Salão do Livro - FNLIJ
terça-feira, 9 de junho de 2009
Taller Escritura de Álbum Infantil - Arianna Squilloni - Ilustrarte
Este fim de semana participei de uma oficina com Arianna Squilloni, italiana, apaixonada editora de livros infantis que vive em Barcelona. A organização foi da Ilustrarte, uma escola dedicada à ilustração de livros infantis, fundada por 2 ilustradores também apaixonados pelo assunto.
E durante todos os intervalos tentei rascunhar este post, porque não queria deixar escapar nenhum fiapo de emoção. O resultado foi uma porção de parágrafos deixados de lado porque meu cérebro estava muito ocupado processando tudo.
Este é meu quarto no alojamento em que ficamos, na Casa Santa Maria, uma casa de espiritualidade em Galápagar-Madri, tudo o que tive tempo de aquarelar. :-)
A ênfase do curso se deu nas narrativas construídas no livro como um todo, a química entre texto, ilustração e projeto gráfico.
Conheci muitos livros que ainda não chegaram ao Brasil e também vi fontes de inspiração já conhecidas. Vi que os problemas enfrentados pelos profissionais espanhóis são os mesmos que no Brasil: escritores e ilustradores ganham pouco, a sinergia entre os que produzem o livro é rara, é preciso adequar a obra às exigências do mercado, não se vende muito em livraria e sim ao governo, blá blá blá...
Mas também a paixão dos profissionais é igualmente grande. Veio gente de toda a Espanha a esta oficina de 2 dias pois, como no Brasil, a formação na área é bem rara e difícil. Ninguém estava ali com o objetivo de um dia serem ricos, porque bem se sabe que é quase impossível. Raros eram os que se dedicavam integralmente à Literatura Infantil, todos se desdobravam por um lado para se manterem nas cruéis autopistas financeiras e por outro para trilhar pelas estradinhas de terra da Literatura Infantil.
Bem, pode ser que tamanha paixão seja a principal causa da desvalorização da profissão, mas dessa vez eu quero cultivar a terna sensação com que fiquei ao final do curso: a Literatura Infantil tem um futuro encantador... ela é cercada de amor, e dessa maneira não há como ser diferente. Quem ama sabe que os obstáculos serão transpostos para que se tenha o melhor. Pais que amam seus filhos podem não ter recursos o suficiente para dar o melhor que existe, e apesar disso temos a certeza de que com amor esses filhos terão o melhor possível. Porque nenhuma educacão de primeira, nenhuma edição primorosa tem mais significado para o filho-filho e para o filho-livro que o amor incondicional de seus pais.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
"No oco do toco" ficou pronto!!!!!
Ficou pronto!!!! Viva, viva, viva!!!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Rosaleda
Quando eu era criança, assistia Candy Candy, e desde então eu sempre quis conhecer um jardim de rosas. Aqui em Madri maio é época de rosas! Decidi que no dia das mães iríamos à Rosaleda, no Parque del Oeste. Pois domingo o dia amanheceu chuvoso, raríssimo aqui. Fiquei tão triste, tão triste que ao menor rayito de sol que apareceu na janela os meninos disseram “mamãe, olha aqui seu presente de dia das mães, o sol!”
Fomos ao parque, chovia. Mesmo assim, o coração disparou a hora em que eu avistei um salpicado colorido ao longe. Fui caminhando em direção ao jardim, às vezes devagar, para curtir a ansiedade de realizar um sonho, e outras rápido, para chegar antes que eu acordasse.
Fui chegando perto, perto... e é lindo mesmo! De chorar! Era o jardim de rosas da Candy Candy! E chovia, mas isso não era mais problema, tirei fotos de guarda-chuva. Eu não me importava com a pieguice das fotos de rosas, eu queria lembrar da sensação de estar ali, do cheiro, da vontade de chorar, enfim, curtir meu momento candy-candy-dia-das-mães-pieguíssimo com todo o fervor! Inclusive teve uma ceninha do filhote correndo em minha direção para compartilhar comigo a felicidade de encontrar meu jardim de rosas. O sol até saiu e o céu ficou azul!
E para ficar completinho, aquarelei escutando música brega e fiz e este post cafonésimo.
Feliz! :-)
E pra quem quer conhecer ou relembrar, este é o capítulo em que o Anthony e Candy se conhecem no jardim de rosas:
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Exposição "Era uma vez"
domingo, 26 de abril de 2009
Guernica e o bombardeio de porquês
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Escola espanhola do Bruno
terça-feira, 7 de abril de 2009
Estou em Madrid!
sexta-feira, 27 de março de 2009
No oco do toco - mais ilustras
Este crochê abaixo foi colado digitalmente mas foi feito de verdade.
Fiz uma adaptação da receita de uma revista de trabalhos manuais japonesa de 1966.
quinta-feira, 26 de março de 2009
No oco do toco
Aqui tive ajuda da família: meu marido comprou picolés de todos os sabores que ele encontrou. Fazia um calorão! Tiradas as fotos, eu, ele e nosso filhotinho acabamos com todos os sorvetes que não eram de aquarela.